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Como vocês sabem, nós éramos amigos de escola antes de namorar e sempre compartilhávamos ideias um com o outro. Em maio de 2019 – ainda só amigos- em um rolê aleatório, o Matheus compartilhou comigo que estaria fazendo um mochilão pela Ásia no ano seguinte junto com um amigo da faculdade. E eu, como uma ótima amigona, suuuuper apoiei a ideia sem nem saber o que o destino faria conosco nos próximos meses…
Nós começamos a namorar em agosto de 2019 e em fevereiro de 2020 ele foi viajar. Foram 5 semanas fora, com horários trocados e nem sempre o tempo para conversarmos batia (devido ao meu horário de trabalho aqui no Brasil com o horário de onde ele estava). Mas, quando conseguíamos conciliar uma coisa com a outra, fazíamos ligações de vídeo quase todos os dias.
Eu ajudei a montar a mala dele com o coração na mão, mas nunca deixava escapar que eu estava triste com a situação. Até porque desde quando começamos a namorar, estávamos super cientes dessa situação, só não sabíamos que iríamos sofrer tanto.
O dia do embarque:
No dia que ele foi embarcar, eu chorei horrores, parecia que o mundo ia acabar. Mas só a gente sabe o quanto foi difícil esse tempo que ficamos longe. Principalmente por estarmos no “início do namoro”. A parte mais complicada desse rolê todo foi pelo fato de sermos muito grudados um ao outro, então a saudade tomava conta do coração a todo momento e os dias tornaram-se eternos… era uma sensação estranha, como se nunca mais fosse acabar o mês.
Experiência de ambos:
Para o Matheus foi mais “tranquilo” pelo fato de ter novidades por onde ele ia, principalmente por conhecer novos lugares, novas culturas, ter novas experiências e por não estar sozinho na viagem, o Vinícius (amigo da faculdade) estava em todo rolê junto. Por mais que a saudade batia, nós estávamos cientes que ele aproveitaria a viagem tranquilamente. Mas, no fim nem ele aguentava mais rsrsrs
Já no meu caso, foi bemmm complicado! Eu fiquei acabada nessas 5 semanas, só quem convivia comigo é que sabia o quanto eu chorava de saudade (inclusive, sempre que eu lembro dessa fase eu tenho vontade de chorar), cheguei a emagrecer muito, era uma mistura de saudade e preocupação ao mesmo tempo. Vivia fora da casinha, só pensando nisso. Os dias eram uma eternidade, uma fase bem estranha 🙁
Foram dias longos, tinha noites que eu não conseguia me deitar e dormir sossegada, pois ficava na esperança dele acordar e a gente conseguir conversar um pouquinho na mesma hora. Foi o mês mais intenso em 2020, cheio de angústia e saudade acumulada.
O retorno:
Depois de 5 semanas longe, fomos buscar o Matheus no aeroporto. Era um domingo à noite, dia 08 de março de 2020 perto das 22h, uma ansiedade surreal de nos encontrarmos e poder ficar abraçadinhos. Ele veio carregado e nós corríamos naquele aeroporto para nos encontrarmos, foi um dos momentos mais felizes naquela fase. Não tem sensação de que explique o quanto a gente estava sentindo a falta um do outro.
Aprendizado nesta fase:
Apesar dessa fase “complicada” que vivenciamos no nosso relacionamento, tiramos grandes aprendizados e experiências por viver um tempo longe um do outro. Sem dúvidas, nos amamos ainda mais e sabemos valorizar muito nossos momentos a dois. Esse tempo longe só fortaleceu nosso relacionamento e deu a certeza de que não conseguimos fazer absolutamente nada sozinhos, nem o Matheus consegue pensar em viajar sozinho ou passar um tempo longe de mim! (palavras ditas por ele, tá? hahahaha)
Tem coisas que acontecem na vida que só com o tempo a gente consegue compreender, e foi exatamente isso que aconteceu nessa fase doida e difícil. Mas, somos extremamente felizes e gratos por cada experiência que a vida tem nos proporcionado até aqui.
